ANGOLA PARTICIPA NA CONFERÊNCIA SOBRE ACÇÃO CONTRA MINAS NA UCRÂNIA, EM TÓQUIO

Angola participa, entre os dias 22 e 23 de outubro, em Tóquio, capital do Japão, na Conferência sobre Ação Contra Minas na Ucrânia (UMAC), um evento que reúne 57 países e 16 organizações internacionais.

A delegação angolana é chefiada pelo Diretor-Geral da Agência Nacional de Acção Contra Minas, Brigadeiro Leonardo Severino Sapalo, que, na sua intervenção no primeiro dia de trabalhos, partilhou a experiência de Angola, com o objetivo de contribuir para soluções viáveis que visem acelerar o processo de desminagem e apoiar a reconstrução da Ucrânia.
O Brigadeiro Leonardo Severino Sapalo fez uma retrospectiva dos anos de conflito armado em Angola e destacou o profundo impacto das minas terrestres na vida do país, desde a destruição de infraestruturas até à contaminação de áreas agrícolas, estradas, centros urbanos, fontes de água e outras zonas vitais.

Recordou que, com o alcançe da paz em 2002 e a ratificação da Convenção de Ottawa, Angola assumiu o compromisso de libertar o seu território da ameaça das minas terrestres.
Destacou ainda o trabalho conjunto das Forças Armadas Angolanas, do Centro Nacional de Desminagem, de organizações não-governamentais nacionais e estrangeiras, bem como de operadores privados, desde as acções de desminagem de emergência, durante os anos de conflito, até às operações em larga escala para a eliminação total das minas e a criação de condições para o desenvolvimento sustentável.

O responsável sublinhou o contributo fundamental dos parceiros internacionais e países doadores, cujo apoio, ao longo de mais de três décadas, foi crucial para os avanços significativos no processo de desminagem em Angola. No entanto, reafirmou o compromisso do país com a causa e apelou ao contínuo financiamento internacional, alertando que ainda existem 966 campos minados identificados em território nacional.

A conferência, que termina na quarta-feira, 23 de outubro, tem como principal objetivo sensibilizar a comunidade internacional para o sofrimento humano causado pelos engenhos explosivos e fortalecer o apoio aos progressos já alcançados na Ucrânia em matéria de desminagem.

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